quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Santos Dentro De Casa

"Para que unânimes, e a uma boca, glorifiqueis ao Deus e Pai
de nosso Senhor Jesus Cristo" (Romanos 15:6).

Em sua biografia, Pierre Loti conta que, quando era um
menino pequeno, ao ler histórias da vida dos santos, aspirou
tornar-se também um santo. Resolveu imitar Simeon Stylites,
que viveu em cima de um pilar e ganhou reputação de
santidade. Ele colocou um tamborete alto na cozinha, subiu
em cima e anunciou seu plano de permanecer ali por quarenta
anos. Sua mãe e a cozinheira não permitiram a sua presença
na cozinha e ao final de uma hora ele registrou em seu
diário: "Descobri, com muita tristeza, que é muito difícil
ser um santo vivendo junto com a família."

Ao refletir sobre esta história engraçada da infância do
romancista francês, a que conclusão chegamos? A nossa vida
junto com a família tem sido uma motivação para buscarmos a
Deus e caminhar sob Sua direção ou uma fonte inesgotável de
razões para nos afastar de sua presença? Temos cooperado,
com nosso testemunho, para que a nossa casa seja uma bênção
para seus moradores e para os visitantes ou servido de
escândalo e vergonha ao nome do Senhor.

Quando dizemos, na frente de nossos filhos, "diga que não
estou" quando alguém que não desejamos receber, nos procura
à porta, contribuímos para que cresçam e sejam tão
mentirosos quanto nós. Quando discutimos em casa ou
proferimos palavras agressivas, também mostramos que não
temos domínio próprio e equilíbrio e abrimos as portas para
que nossos filhos ajam da mesma forma.

Como filhos de Deus precisamos testificar da ação de Seu
Espírito em nós. Aquilo que plantarmos em nossa casa
florescerá e dará frutos. Quando semeamos amor e
compreensão, certamente não colheremos rancor e rebeldia.
Quando semeamos respeito e cordialidade, toda a nossa casa
transmitirá o perfume do amor e o entendimento gerará uma
comunhão perfeita sob a graça e a unção do nosso Deus.

Maridos e esposas, pais e filhos, irmãos e amigos, debaixo
da potente mão de Deus serão sempre brilhantes e
contagiantes, para todos que os visitam e, especialmente, na
convivência diária entre si.

Sim, é possível ser santo vivendo com a família.





Paulo Barbosa

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