terça-feira, 26 de junho de 2012

A IMORALIDADE JÁ NÃO CAUSA VERGONHA


“Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição; que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra, não com o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus; e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão; porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos claramente, é o vingador, porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação. Dessarte, quem rejeita estas coisas não rejeita o homem, e sim a Deus, que também vos dá o seu Espírito Santo”.

1 Tessalonicenses 4:3-8

Pregar sobre pecado não dá ibope. Então, consequentemente, se omite a pregação sobre santificação, afinal, uma vida de pecado é uma vida separada de Deus, mas os espasmos “espirituais” induzem o indivíduo a acreditar que Deus está interessado no seu “louvor” e não na sua vida pessoal.

A integridade foi derrotada e envergonhada no entendimento da população gospel, e deu lugar ao carisma. Qualquer safado se dá bem, basta uma pequena e ridícula dose de estrelismo, e se fizer “mágica santa” mais sucesso obterá.

O modismo gospel não se interessa por separação do pecado, santificação, abstinência sexual antes do casamento, integridade de caráter e fidelidade conjugal. Esses temas não alegram o culto, não fazem o “fogo cair”, o povo não glorifica e nem fala “línguas estranhas”. A gente sabe que crente satisfeito é mais fácil de frequentar os cultos, ofertar, louvar, apesar de fugirem da Santa Ceia, isso para aqueles que ainda sentem um resquício de vergonha na cara.

Culto bom é culto de fogo, poder, onde a “glória” desce, os anjos andam pra lá e pra cá. Esse negócio de pecado e santidade é pra culto de doutrina e isso já era! Isso é coisa do passado. Assim pensam alguns que odeiam ser confrontados pela pregação sóbria, embasada na Palavra de Deus e não adaptada para os novos e tenebrosos tempos gospel pós-modernidade. Sabe, a Palavra de Deus é eterna, não podemos nos esquecer disso.

A verdade é que a prostituição está rolando solta no meio da congregação, e a maioria dos pastores e pregadores profissionais não tem peito pra condenar essa prática condenável e abominável. Ninguém quer se indispor com o público gospel.

A Palavra de Deus, que citei acima diz: “que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra”.

Mas a galera está fazendo o que quer com o corpo. Transam mesmo, numa boa, vão para as baladas, empurram do “pé na jaca”, vão pros motéis com as namoradinhas, ou se “pegam” em qualquer lugar, sem nenhum sintoma de culpa ou arrependimento. Fornicação é coisa normal e o adultério, nem se fala. A promiscuidade é deslavada, escrachada, sem vergonha.

Sabe o que me assusta? É a cara limpa de quem se lambuza no pecado e do líder que fecha os olhos para aquilo que todos estão vendo.

A imoralidade tem tomado o assento nos púlpitos, um lugar que ao menos deve ser respeitado por ser fonte de referência, lugar de sacerdócio, altar de ministração, e de muitos deles tem saído “água suja” que jorra aos turbilhões sobre o povo.

A imoralidade passeia livremente entre as cadeiras e os bancos das igrejas, sem freio, sem contestação, sem constrangimento, na certeza de que não será incomodado. A “serpente” passeia livremente no “Jardim de Cristo”, porque quem deve cuidar para que seja um “jardim fechado”, escancarou as suas portas e permitiu ao “espírito da prostituição” o livre acesso.

A liberdade da imoralidade envergonha a integridade.

O povo olha para os líderes e se estes não são referenciais de moralidade, em quem irão se espelhar? Se a teoria de que Deus perdoa tudo é a “teologia” enraizada na base de crença do crente, o que se pode esperar como testemunho de conversão?

As doenças sexualmente transmissíveis (DST’s) e o vírus do HIV maculam o templo do Espírito Santo, porque estão sendo contraídas por atos libidinosos e o que é mais terrível ainda, é que indivíduos que pecam sem precaução com a saúde tornam-se instrumentos de maldição e morte na vida de inocentes, tudo isso acobertado por um ilusório manto de cristianismo.

A meu ver, esses imorais travestidos de crentes são a escória repugnante que se veste com roupagens de falsa piedade, consideram que as suas ações lascivas são resultantes da fragilidade da carne e desprezam que o espírito deve estar pronto, mas isso, como sabemos, é o resultado da genuína conversão e da fidelidade a Jesus Cristo, e o amoroso cumprimento da Sua Palavra.

O lamentável é sabermos que esses fatos se tornam tão corriqueiros no nosso meio que já não causam espanto ou escândalo. É o “Deus que perdoa tudo”. É a vida de depõe contra o discurso, porque não se vive o que se prega. Não há compromisso com a Palavra, mas com os próprios desejos da carne, associados aos amigos piedosos que amam mais o pecador do que a Deus e Sua vontade.

Estão servindo a Deus com a boca e servindo o diabo com o corpo.

Um “evangelho” sem mudança radical de vida é simplesmente filosófico, contraditório e irremediavelmente danoso. Onde isso vai parar? Não vai parar, vai piorar, manchando o limpo, trazendo injustiça ao justo, profanando o sagrado, injuriando o santo, desclassificando o puro de coração, contemplando com um “diploma de idiota” quem ousa andar corretamente. Quem é sujo está se sujando mais ainda, e está sujando a fé de quem procura ser limpo.

Um dia desses será vergonhoso ser santo (separado).

Há muitos filhos nascendo de relações sexuais pecaminosas, de crentes que já não têm vergonha na cara, nem sentem mais a ausência do Espírito Santo, e nem são constrangidos ao arrependimento, se alegram pelo fruto de suas relações condenadas por Deus e não se entristecem porque macularam o templo de Deus e entristeceram o Espírito Santo. Querem ser aceitos sem quebrantamento, e sem a apelação do pedido de perdão a Deus. Querem empurrar “goela abaixo” da congregação a felicidade justa de um filho, porém, injusta pela forma como se deu, causando tristeza naqueles que procuram viver em santidade e se envergonham quando pecam.

“O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”.

Romanos 6:23.

Eu creio em misericórdia. Eu creio no perdão de Deus. Porém, eu também creio que a misericórdia precisa ser apelada e o arrependimento precede o perdão. Eu não creio em misericórdia e perdão automático, repudio isso, abomino esse ensino de demônios.

É bastante difícil para alguns entenderem e assumirem a postura de serem amigos do pecador, mas ao mesmo tempo inimigos do pecado. O amor que tenho pelas pessoas me libera para condenar os atos que a Palavra de Deus condena. O silêncio de quem tem compromisso com Deus e a Verdade é uma prova de conivência e concordância. Podemos e devemos amar o indivíduo, no entanto, não podemos negociar a Palavra de Deus e a nossa integridade e fé, para condenarmos os atos imorais e tantos outros que são abominados por Deus.

“E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas, antes, condenai-as”.

Efésios 5:11.

Pr. Josué Gomes

sábado, 23 de junho de 2012